Mulheres na liderança da gestão de RH

Empresas estão transformando a maneira de administrar sua força de trabalho, e as mulheres na liderança da gestão de RH estão comandando esse movimento. Elas estão eliminando a avaliação de desempenho anual, diminuindo a diferença de salários, melhorando a igualdade de gênero e diversidade, e aumentando o engajamento de funcionários, entre outras iniciativas.

O RH também é o único departamento em que a liderança é predominante feminina – 73% dos gerentes de RH são mulheres, de acordo com pesquisa do Bureau of Labor Stati realizada em 2015. Esse número cai para 43% em marketing e 27% em TI. No Brasil, Entre os diretores de RH das empresas premiadas na lista Great Place to Work de 2014, 51% são mulheres.  A área de recursos humanos ainda é a que melhor remunera as mulheres, com uma diferença de apenas 6% a menos em relação aos homens, de acordo com a revista Exame. Uma distância pequena comparada à de outras áreas, como seguros (65%) e varejo (34%).

Embora os números decaiam no nível mais alto de RH, as mulheres ainda têm vantagens nesse setor comparadas aos homens. A CEB, uma empresa de tecnologia e insight de melhores práticas, analisou 382 nomeações de executivos de RH entre 2011 e 2016, e descobriu que 55% das novas contratações são mulheres.

 

Mulheres estão trazendo inovações no setor

Algumas das mudanças que as mulheres na liderança da gestão de RH estão realizando já são bem conhecidas. Ocupando um dos cargos de direção de Recursos Humanos na IBM, Diane Gherson ajudou a empresa a eliminar as avaliações de performance anuais, implantando um novo tipo de avaliação baseada em stack-ranking, em que os funcionários são comparados uns aos outros, tanto em resultados quanto em metas.

Outra mulher de destaque é Kathleen Hogan, que na vice-presidência de Recursos Humanos da Microsoft diminuiu a diferença de salários entre homens e mulheres para 0,02 cents. No Brasil, Raíssa Lumack, vice-presidente de RH da Coca-Cola, está ajudando a empresa a desenvolver a questão da equidade de gênero. Raíssa percebeu, após diversas discussões em um comitê criado para entender o que impedia o crescimento das mulheres na empresa, que os homens também deveriam ser educados para lidarem com a tendência cada vez maior de colegas de trabalho do sexo feminino, muitas vezes ocupando cargos de liderança.

Independentemente do tamanho da empresa, essas mulheres exemplificam como os papéis do RH e dos Diretores(as) desse departamento têm evoluído na última década. Avanços tecnológicos e um mercado de trabalho competitivo têm transformado as funções de práticas para estratégicas. Enquanto homens tendem a gastar mais tempo em atividades de mentoria e coaching, as mulheres estão atuando como “arquitetas de talento”, afirma Bill Greenhalgh, CEO da Human Resources Professionals Association.

No quadro atual, em que a retenção de talentos é importante para a sobrevivência da empresa e após a série de demissões causadas pela crise econômica que o Brasil enfrenta, o trabalho no engajamento de talentos tem implicações positivas.

 

Ainda há espaço para melhorias

O setor de RH é apontado como o menos discriminatório dentro das empresas. Além disso, características como sensibilidade, intuição e habilidades multitasking são valorizadas no setor.

Um estudo da Ketchum Leadership Communications Monitor mostrou que as mulheres têm se saído melhor que os homens em quatro aspectos essenciais da liderança: 1) liderar pelo exemplo; 2) comunicar-se de maneira transparente; 3) admitir seus erros; 4) trazer à tona o que os profissionais têm de melhor.

Mas mesmo nesse setor, a presença de mulheres na liderança da gestão de RH ainda não é igualitária. De acordo com dados do U.S. Department of Labor, em 2013 apenas 11 dos 50 líderes de RH mais bem pagos eram mulheres, mesmo que essa área seja majoritariamente feminina.

Algumas possíveis explicações para isso são: as mulheres sofrem discriminação em conselhos de direção e algumas rejeitam horários de trabalho prolongados e viagens frequentes, que muitas vezes fazem parte da rotina de profissionais que ocupam altos cargos.

 

O que favorece o sucesso das mulheres na liderança da gestão de RH?

Especialistas concordam que existe um conjunto de características, mais frequentemente visto nas mulheres, que faz com que elas se destaquem na atuação em Recursos Humanos. Entre elas, podemos observar a empatia, predisposição para desenvolver pessoas e capacidade de ouvir. Mas com a mudança para uma abordagem mais estratégica, habilidades de análise também são fatores que levam ao sucesso do setor. É importante para a liderança de RH não apenas entender como as pessoas trabalham de formas diferentes e condensar isso de maneira produtiva, mas também analisar e avaliar dados que levem à tomada de decisões.

Apesar da diferença de valorização entre gêneros no mercado de trabalho, as mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço. O setor de RH, mesmo que ainda não totalmente favorável, é o que mais mostra essa realidade, com mulheres que exemplificam toda a força dessas mudanças.

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